Procedimento seguro e controle de risco: você já faz?

Avaliação pré cirúrgica: segurança necessária para o clínico! 

O objetivo da avaliação pré-operatória é verificar o estado clínico do paciente gerando recomendações sobre a avaliação, manuseio e riscos de problemas em todo o período pré-operatório e definir o risco cirúrgico do paciente. Desta forma o anestesista, o assistente e o cirurgião podem ter antecipadamente informações para tomar decisões que beneficiem o estado de saúde do animal.

A clínica é soberana e não pode ser substituída por exames complementares, entretanto os exames laboratoriais e de imagem adicionam à anamnese e ao exame físico, informações para entendimento das funções orgânicas dos pacientes.

Você realiza análises laboratoriais preventivas? Quais? Fique atento! Negligência médica é a conduta omissiva do profissional, expondo o paciente a riscos desnecessários.

A realização de exames pré-operatórios também tem a finalidade de identificar ou diagnosticar possíveis doenças e disfunções que estejam comprometendo a condição clínica do paciente e/ou que possam comprometer os cuidados do período perioperatório; e auxiliar na formulação de planos específicos ou alternativos para o cuidado anestésico e pós-operatório. Algumas doenças, como as cardíacas e as respiratórias, por sua relevância, podem interferir na escolha da técnica anestésica e na evolução do paciente.


Definido o diagnóstico e prognóstico! É preciso agir! E agora? 

Muitos atendimentos do clínico resultam em uma constatação de procedimento necessário para melhoria do prognóstico do paciente. Uma cirurgia será necessária! E agora?

Os procedimentos cirúrgicos são classificados de acordo com o grau de agressão, com o trauma tecidual e com as perdas sanguíneas.

No procedimento minimamente invasivo, há baixo potencial para causar alterações da fisiologia normal do paciente. Raramente está relacionado com morbidade ligada ao procedimento anestésico, nem requer transfusões sanguíneas, monitorização invasiva ou CTI no pós-operatório.

No procedimento moderadamente invasivo há risco mediano de alteração na fisiologia normal. Pode requerer transfusão sanguínea, necessidade de monitorização invasiva ou de cuidados específicos no pós-operatório.

No procedimento altamente invasivo, há alteração da fisiologia normal do paciente. A transfusão sanguínea está contemplada como parte do protocolo, requer monitorização invasiva durante o procedimento e os cuidados no pós-operatório são especializados.

Vai operar? Você realiza análises laboratoriais preventivas? Quais? Fique atento! Negligência médica é a conduta omissiva do profissional, expondo o paciente a riscos desnecessários.


Os distúrbios de coagulação: sei o histórico do paciente? 

A coagulação sanguínea é um processo fisiológico que envolve diversas etapas e tem como objetivo cessar o extravasamento de sangue de vasos sanguíneos danificados. Esse processo envolve a transformação do sangue de sua forma líquida para um gel sólido. Para manter o bom funcionamento do organismo, é necessário um equilíbrio adequado do processo de coagulação a fim de manter o controle sobre hemorragias e tromboses (hemostasia). Sendo assim, distúrbios (adquiridos ou genéticos) nas etapas de coagulação, podem levar a doenças e condições clínicas que exigem tratamento e monitoramento do animal.

A hemostasia pode ser dividida em:

– Primária: Após uma lesão no endotélio vascular, há a formação de um tampão plaquetário inicial. Para isso, ocorre vasoconstrição local seguida de adesão, agregação e ativação plaquetária. O fator de Von Willebrand é responsável por mediar a adesão inicial das plaquetas ao endotélio vascular.

– Secundária: É responsável pela coagulação propriamente dita. A ativação de diversos fatores em cascata leva à formação de uma rede de fibrina que estabiliza o tampão plaquetário. É dividida em via intrínseca e extrínseca, e ambas convergem na via comum.

– Fibrinólise: É a quebra do coágulo formado para reestabelecimento do fluxo sanguíneo normal.

A alteração em fatores de qualquer etapa do processo de coagulação pode levar a coagulopatias. Dentre os sintomas que essas doenças apresentam estão hematomas, equimoses e hemorragias. Conhece o histórico do seu paciente? Você realiza análises laboratoriais preventivas? Quais? Fique atento! Negligência médica é a conduta omissiva do profissional, expondo o paciente a riscos desnecessários.


Os distúrbios de coagulação: estou atento?

Algumas das doenças mais comuns relacionadas à distúrbios de coagulação na rotina veterinária, são:

TROMBOCITOPENIA

A redução da contagem de plaquetas está relacionada a diversas causas: diminuição da produção, aumento da destruição, sequestro ou utilização. Doenças infecciosas, neoplasias, uso de certos medicamentos e doenças autoimunes podem ser responsáveis por levar à trombocitopenia.

DOENÇA DE VON WILLEBRAND

Doença que afeta cães e gatos e resulta de uma deficiência genética na produção do fator de Von Willebrand. Com a redução desse fator, há prejuízo na adesão de plaquetas ao endotélio durante a hemostasia primária, facilitando ocorrência de sangramentos.

DOENÇAS HEPÁTICAS

O fígado é o principal órgão de produção de fatores de coagulação, portanto hepatopatias podem causar alterações em sua produção levando a um excesso ou uma falta de coagulação.

HEMOFILIA

É uma doença hereditária que afeta a produção de fatores da coagulação, acometendo principalmente cães machos. A Hemofilia A consiste em uma deficiência do fator VIII e a Hemofilia B a deficiência do fator IX.

COAGULAÇÃO INTRAVASCULAR DISSEMIINADA (CID)

É uma síndrome que se desenvolve de maneira secundária a algumas condições que podem atingir o animal. Leva a formação de microtrombos em órgãos e hemorragias devido ao sequestro excessivo de plaquetas. Algumas das causas de CID são: neoplasias, sepse, doenças infecciosas, Peritonite Infecciosa Felina (PIF), entre outras.

Para o diagnóstico de coagulopatias é necessário levar em consideração o exame físico do animalsua história clínica e exames laboratoriais. O coagulograma é um importante método para auxiliar nesse diagnóstico ao medir, entre outros parâmetros, o Tempo de Protrombina (TP) e o Tempo de Tromboplastina Parcial Ativado (TTPa). Um TP alterado indica problemas na via extrínseca ou comum da cascata de coagulação. Já o TTPa avalia a deficiência de fatores da via intrínseca assim como a comum. Alterações nesses valores podem contribuir para o diagnóstico de condições que afetem a hemostasia primária.

Conhece o histórico do seu paciente? Você realiza análises laboratoriais preventivas? Quais? Fique atento! Negligência médica é a conduta omissiva do profissional, expondo o paciente a riscos desnecessários.

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Referências Bibliográficas:

  • Distúrbios da Hemostasia em Cães e Gatos; Dalmolin, M. L.; Universidade Federal do Rio Grande do sul, Faculdade de Veterinária, 2010.
  • Canine and Feline Coagulopathies Michelle Fulks, DVM, Virginia Sinnott, DVM, DACVECC William B. Henry, Jr. DVM, DACVS, 2013, Boston Veterinary Specialists

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