Amostra padrão ouro

O resultado de um exame laboratorial confiável e de qualidade depende do preparo do animal, da coleta do material e do manuseio da amostra coletada. Qualquer variação nos procedimentos pode comprometer o resultado do exame. Cada veterinário deve padronizar a coleta de amostras para minimizar as variáveis tanto quanto possível.

Coleta
Cada amostra deve ser coletada em frasco com conteúdo adequado, presença ou não de anticoagulante. Muitos veterinários preferem coletar na seringa e transferir o material coletado para o tubo. Neste caso o material tem que ser transferido imediatamente à coleta para o tubo com anticoagulante a fim de não coagular a amostra.

Durante a transferência do material da seringa para o tubo, o sangue deve ser transferido suavemente, pelas paredes do tubo, a fim de evitar a hemólise sanguínea. Cada tubo possui capacidade para uma determinada quantidade de sangue, caso seja colocado sangue a mais da quantidade indicada, ocorrerá coagulação da amostra. Em caso de sangue a menos, a citologia pode apresentar-se alterada.

Preparo do animal
O ideal seria realizar as coletas com o animal em jejum alimentar de 12 horas, evitando assim as variáveis. Muitas vezes a fluidoterapia também prejudica no resultado dos exames, pois soro glicosado, medicamentos adicionados durante a soroterapia, podem modificar, por exemplo, a concentração de glicose sanguínea. Em casos de impossibilidade do preparo do animal (jejum, medicação) é interessante avisar ao laboratório no qual o material está sendo enviado, para o veterinário que realizará o exame estar ciente das possíveis variáveis. Para a glicemia é indispensável o jejum alimentar, para não acusar uma hiperglicemia alimentar.

Para garantir que os materiais e amostras tenham a qualidade requerida, é imprescindível implementar metodologias mais rigorosas para detecção, classificação e redução desses erros, já que a maioria deles acontece por falta de padronização nos processos.

Mas a influência das variáveis pré-analíticas poderia reduzir consideravelmente com uma boa orientação aos pacientes sobre as condições de preparo, treinamento de atendimento e coleta, boa seleção de insumos e controles de processo eficientes. Os veterinários têm em comum é o trabalho pelo bem-estar do paciente e pela prestação de serviços à saúde com qualidade. Quanto maior o controle, menor o número de variáveis falhas ou processos mal conduzidos na fase pré-analítica impactam diretamente nos resultados laboratoriais.

Atualmente, com os avanços tecnológicos e o aperfeiçoamento das metodologias de análise, os erros analíticos reduziram consideravelmente. Já os ocorridos na fase pré-analítica tornaram-se mais visíveis, em decorrência de fatores relacionados ao preparo dos pacientes para os exames, ao procedimento de coleta, ao transporte e ao acondicionamento dos materiais.

A qualidade na prestação de serviço de um laboratório está apoiada no tripé formado pelos recursos humanos, físicos e tecnológicos. A implementação de boas práticas laboratoriais contribui consideravelmente para identificar, reduzir e/ou eliminar as fontes de erros potenciais na rotina laboratorial, utilizando-se como base a educação continuada dos profissionais atuantes. Na fase pré-analítica, essas práticas consistem na padronização dos procedimentos envolvidos, desde a preparação e a orientação do paciente antes da coleta do material até o início da fase analítica.

Qualquer dúvida, estamos à disposição para assessoria técnica e sugestões.

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